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Anemia: muito mais do que apenas falta de ferro

Quando se fala em anemia, associamos diretamente à deficiência de ferro. Mas existem outros tipos de causas que podem colaborar para o surgimento desse quadro. Uma delas é a falta de vitamina B12 e ácido fólico, que iremos explicar logo mais neste texto. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população do planeta (cerca de 2,2 bilhões de pessoas) sofre de algum tipo de anemia.

De fato, a falta de ferro é a forma mais comum da doença, no entanto, é importante entendermos que, pode não aparecer logo de primeira, mas a anemia é um problema mais diversificado do que você imagina. E, como vimos, ela é bem popular no mundo todo. Vamos entender um pouco mais sobre essa condição?

O que é anemia?

A anemia é caracterizada pela falta de hemoglobina no sangue. Para facilitar, a gente te explica: hemoglobina é uma proteína que compõe os glóbulos vermelhos (hemácias), responsável pelo transporte do oxigênio no sangue para diversos órgãos e tecidos do organismo. Quando uma pessoa é considerada anêmica, significa que os níveis de produção de hemoglobina estão abaixo do normal e essa condição pode ser provocada por algum fator externo ou disfunção do organismo.

Os sintomas que anêmicos podem vir a sentir são: cansaço, palidez, falta de apetite, dor de cabeça, tontura, falta de ar, dores no peito e outros.

Tipos de anemia

Há várias causas de anemia e cada tipo se desenvolve e age de formas diferentes. Existe a anemia causada pela falta de nutrientes, hereditária, causada por doenças autoimunes, por doenças crônicas e por doenças na medula óssea. Vamos explicar a seguir:

1) Anemia ferropriva

É aquela provocada pela carência de ferro no organismo. Esse mineral integra a hemoglobina e pode ajudar na produção de hemácias. A anemia ferropriva é a que mais vemos por aí.

2) Anemia por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico (B9)

Quando há a falta desses nutrientes, o organismo não consegue fazer com que as células da medula óssea se dividem para formar os glóbulos vermelhos. As vitaminas B12 e  B9 são muito importantes para a manutenção do DNA e, quando a falta dessas vitaminas é causada por uma dieta inadequada, chamamos de anemia megaloblástica. Também há os casos de pessoas que possuem uma doença autoimune em que são impedidas de absorverem essas vitaminas através da alimentação. Se esse fato culminar na redução das hemoglobinas, trata-se da anemia perniciosa.

3) Anemia aplástica

Caracterizada por ser uma doença autoimune marcada pela diminuição da produção de diferentes componentes do sangue, ela pode ser de causa hereditária ou provocada por certas infecções, como HIV, hepatite, etc. A exposição a produtos químicos tóxicos também é um fator que pode ocasionar o diagnóstico. A anemia aplástica acarreta sintomas específicos, como sangramentos involuntários e constantes e manchas roxas pelo corpo.

4) Anemia hemolítica

Para compreender esse tipo, saiba que, em pessoas saudáveis, os glóbulos vermelhos vivem, em média, 120 dias. Em pessoas com anemia hemolítica esse tempo cai para 10 a 20 dias. Como isso acontece? Bom, os próprios anticorpos destroem as células, seja em decorrência de uma doença autoimune, pela ação de medicamentos ou em resposta à uma transfusão de sangue.

5) Anemia falciforme

Podemos definir como um tipo de anemia hemolítica hereditária. Em pacientes com anemia falciforme, a hemoglobina tem um formato diferente, remetendo a uma foice, que acaba se destruindo com mais facilidade. Surgem dores no corpo e um maior risco para contrair infecções.

O ferro na prevenção da anemia

Para entendermos a importância do ferro na prevenção de quadros anêmicos, precisamos saber qual a função desse mineral no nosso organismo, certo? O ferro é um elemento essencial para o nosso corpo e sua principal função é a de atuar na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio. Quando há deficiência do mineral, o metabolismo celular se encontra comprometido, podendo gerar problemas de saúde que englobam não só a anemia, mas também alterações cardiovasculares e imunológicas.

É por isso que o ferro é tão importante na prevenção da anemia: quando fortalecido, ele pode auxiliar na oxigenação do nosso corpo e no bom funcionamento da hemoglobina, ajudando a manter o organismo estável. Um ponto essencial a se destacar é que existem dois tipos de ferro, que são o ferro-heme e o não-heme. O primeiro é encontrado em carnes (vermelhas, principalmente), enquanto o segundo pode ser encontrado em todos os vegetais. A diferença entre os dois tipos é que o ferro-heme chega bem mais absorvido no nosso sangue do que o não-heme.

Vitamina B12 e o ácido fólico (B9)

Como mencionamos em tópicos anteriores, há outros elementos que podem favorecer o quadro de anemia, como a falta de vitamina B12 e ácido fólico, mas qual o papel desses nutrientes no organismo? A vitamina B12 é responsável pela síntese da hemoglobina e o ácido fólico ajuda na produção e na manutenção de células novas e na síntese do DNA. Como vimos, quando a deficiência desses nutrientes é causada por carência nutricional, chamamos de anemia megaloblástica; e quando a absorção é impedida por conta de uma doença autoimune, denominamos anemia perniciosa. Então, além de incluir o ferro na dieta, também não podemos nos esquecer das vitaminas B12 e B9, certo?

Onde encontrar ferro, vitamina B12 e ácido fólico?

As principais fontes de ferro são: carnes (vermelhas e brancas), agrião, couve, cheiro-verde, feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha, castanhas, melado de cana, rapadura e açúcar mascavo.  

Você pode encontrar vitamina B12 em: alimentos cozidos (como o bife de fígado, ostras, fígado de frango, coração, frango e carne), peixes grelhados (sardinhas, truta), frutos do mar (arenque, caranguejo e salmão cozidos, além do atum e mariscos no vapor).

Onde encontrar ácido fólico? Em levedo de cerveja, alimentos cozidos (quiabo, feijão-preto, espinafre, soja verde, macarrão, feijão fradinho, milho), beterraba, fígado de boi e fígado de galinha grelhados, nozes, pão francês, rúcula e aspargos.
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