Alimentos e bebidas ultraprocessados
Saúde

Alimentos e bebidas ultraprocessados: tendências, efeitos e implicações para saúde

Do ponto de vista comercial, os mercados mais atraentes para alimentos e bebidas ultraprocessados (também denominados produtos ultraprocessados) já não são os países plenamente industrializados e de alta renda, conhecidos como o “norte mundial” (América do Norte, Europa Ocidental e regiões desenvolvidas do leste asiático), mas sim os países de baixa e média renda do chamado “sul mundial” (África e os países em desenvolvimento da Ásia, Leste Europeu e América Latina).

O mercado de vários dos principais produtos ultraprocessados é oligopolista e normalmente dominado por grandes corporações transnacionais.

A venda de produtos ultraprocessados cresce com a urbanização e quando os governos nacionais abrem o mercado interno ao investimento estrangeiro e eliminam a regulamentação dos mercados (desregulamentação).


O que são produtos ultraprocessados?

Praticamente todos os alimentos consumidos hoje em dia são de alguma maneira processados. Se processamento for definido como o conjunto de métodos para tornar os alimentos crus mais saborosos e atraentes, ou para preservá-los para consumo posterior, então os alimentos têm sido processados ao longo de toda história da humanidade.

O sistema NOVA de classificação dos alimentos

Não se trata de os alimentos serem saudáveis ou não pelo simples fato de serem “processados”. Qualquer discussão sobre o processamento dos alimentos requer o uso de terminologia específica, com definições claras empregadas universalmente. Muitos tipos de processamento são indispensáveis, benéficos ou inócuos. Por outro lado, outros são prejudiciais tanto à saúde humana como de outras maneiras.

O sistema NOVA agrupa os alimentos segundo a natureza, finalidade e grau de processamento. Compreende quatro grupos descritos a seguir e detalhados no Anexo A:

  1. Alimentos não processados ou minimamente processados
  2. Ingredientes culinários processados
  3. Alimentos processados
  4. Produtos ultraprocessados

O sistema NOVA permite estudar os gêneros alimentícios e os padrões de alimentação, como um todo, em cada país ao longo do tempo e entre os países. Também permite estudar os grupos de alimentos individuais dentro do sistema.

Problemas com os produtos ultraprocessado

Diversas características nutricionais e metabólicas dos produtos ultraprocessados são problemáticas, assim como suas repercussões sociais, culturais, econômicas e ambientais, em especial quando representam uma proporção considerável e crescente dos gêneros alimentícios e da alimentação nos países.

Esses alimentos são problemáticos para a saúde humana por diversas razões: são de baixa qualidade nutricional e costumam ser extremamente saborosos, às vezes quase causam dependência, imitam alimentos e são equivocadamente vistos como sendo saudáveis, estimulam o consumo de produtos tipo snack, são anunciados e comercializados de forma enérgica e são destrutivos do ponto de vista cultural, social, econômico e ambiental.

Se você ingere alimentos ultraprocessados demais, você precisa verificar os níveis de vitaminas no seu organismos, talvez a quantidade não seja suficiente para você manter uma vida saudável.

Uma alternativa seria fazer uso de suplementos alimentares e vitaminas naturais para melhorar os níveis de vitaminas defasadas no seu corpo.

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Efeito dos alimentos ultraprocessados na obesidade

Como discutido anteriormente, o consumo de diversos produtos ultraprocessados, como biscoitos, pão branco, doces e confeitos, sobremesas, bebidas açucaradas, carnes processadas e batatas fritas ou chips, prediz o aumento de peso em adultos dos Estados Unidos.

Nos países da OCDE, a venda de fast-food prediz uma maior massa corporal. No Brasil, maior consumo de produtos ultraprocessados prediz um risco maior de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica em adolescentes e obesidade em adultos , bem como de dislipidemia em crianças.

Recomendações

Um dos objetivos do estudo é gerar mais dados comprovatórios para respaldar e fazer avançar o Plano de ação da OPAS para alimentação saudável, que delineia as políticas e as medidas acordadas pelos governos das Américas para melhorar os sistemas e os gêneros alimentícios a fim de deter e reverter a epidemia de obesidade na região.

São necessárias ações sinérgicas e coerentes do governo, comunidade científica, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, meios de comunicação e atores pertinentes do setor privado para implementar as políticas acordadas.

Reduzir o consumo de produtos ultraprocessados

Há necessidade premente de reduzir o risco para a saúde associado aos produtos ultraprocessados com a redução do consumo total. Isso requer a implementação de diversas políticas fiscais, bem como a regulamentação legal e de outros tipos de rotulagem, promoção e publicidade dos produtos ultraprocessados.

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Conclusões

A criação, o desenvolvimento e o fortalecimento dos sistemas de alimentos nacionais e locais que protejam a saúde pública na América Latina requerem que o compromisso e o investimento sejam prioridade máxima para os governos nacionais.

Com essa finalidade, todo o trabalho deve ser realizado de acordo com os princípios de justiça social, sensibilidade cultural, viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental.

Fontes: https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2018/05/Alimentos-e-bebidas-ultraprocessados-na-Am%C3%A9rica-Latina-01.pdf

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